Obras do artista potiguar Mocó,
radicado nos Estados Unidos, compõem expressiva mostra de arte naïf no Agosto
da Alegria. A exposição, que pode ser visitada na Pinacoteca do Estado até o
dia 30, de terça a domingo, das 8h às 17h, reúne 40 quadros do pintor que
conquistou os críticos americanos com sua arte primitivista.
A inspiração de Mocó remonta às
pinturas ingênuas dos potiguares Iaperi Araújo e Francisco Iran, passeia pelos
cenários modernistas de Pablo Picasso e reproduz as cores vibrantes de Henry
Matisse. Assim Mocó se torna único, expondo-se em uma mistura indecifrável de
originalidade e identidade. Em vários gêneros o classificam, mas a arte Mocó
continua a dividir opiniões e segue em busca de uma unanimidade, deixando-se
apenas saber que seu trabalho é algo com uma junção de estilos ou algo assim,
que o torna contemporâneo.
Mocó, cujo nome verdadeiro é Rasmussen
Sá Ximenes, nasceu em Currais Novos, no ano de 1971. Ele teve a primeira
intimidade com a arte ainda na adolescência, quando bem humoradamente retratava
os amigos nos cadernos da escola. Na década de 90, vivendo em Brasília (DF),
Mocó passou a produzir timidamente suas primeiras pinturas em aquarela e
guache, que costumava presentear os amigos em ocasiões especiais. Em 2004, ele
e sua esposa Karla, escolhem a Califórnia para viver.
O contato direto com obras de artistas
renomados, expostos em galerias e coleções dos museus de San Francisco, tornou
Mocó mais seguro para apresentar seus trabalhos aos americanos. Em 2010, recebe
o convite para sua primeira exposição, exibindo pinturas produzidas em tinta
acrílica sobre tela. Atualmente, vive e mantém seu atelier na pequena cidade de
Petaluma, CA, conhecida por ser um celeiro artístico, berço de grandes
produções e personalidades da cinematografia mundial.
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