Aberta em julho, a exposição continua em cartaz na Galeria
Conviv'art, no centro de convivência da UFRN, até 15 de agosto, de segunda a
sexta, das 9h às 17h.
Composta por mais de 30 obras, a mostra faz um passeio por
diversas fases da carreira do consagrado artista plástico potiguar Dorian Gray
Caldas, que começou a pintar profissionalmente na década 50.
Dorian expressa sua arte em diversas plataformas -
escultura, cerâmica, tapeçaria, desenho e poesia , combinando informação e
intuição, a teoria e a prática da arte. Casarões antigos, engenhos de açúcar,
pescadores, camponeses e vilas populares são temas frequentes em seus
trabalhos.
Exímio artista plástico da "Terra de Poti", Dorian
Gray é pintor, tapeceiro, escultor e poeta. Um misto de talento e disciplina,
cultura e técnica, inteligência e sensibilidade. Em 1950, juntamente com Newton
Navarro e Ivon Rodrigues, expôs no "Salão de Arte Moderna", instalado
por eles em um antigo casarão ocupado pela Cruz Vermelha, nas proximidades do
Grande Ponto.
O evento sacudiu o marasmo cultural da província,
revolucionou a pintura de cavalete, motivou debates sobre as novas tendências
artísticas, nacionais e internacionais e, finalmente, ficou com o marco da
penetração do movimento modernista no campo das Artes Plásticas no Rio Grande
do Norte.
Dorian Gray também se destacou no desempenho de funções
públicas de caráter cultural como assessor da secretaria de Educação e Cultura
do Rio Grande do Norte (1967-68) e da Fundação José Augusto (1974), conselheiro
e membro do Conselho Estadual de Cultura (1967-68) e da Escolinha de Arte
Cândido Portinari (1967-68).
Entre as exposições de tapeçaria importa mencionar a que foi
realizada em 1970, na Biblioteca Pública Câmara Cascudo. Efetivamente, a
primeira exposição de tapetes artísticos realizada em Natal, além de marcar o
início da Arte da tapeçaria no Rio Grande do Norte. Dorian Gray sempre soube
cultivar, simultaneamente, a gravura, a escultura, a tapeçaria, além do
jornalismo, do ensaio e da poesia.
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