sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Mocó: Do Barroco ao Contemporâneo

Obras do artista potiguar Mocó, radicado nos Estados Unidos, compõem expressiva mostra de arte naïf no Agosto da Alegria. A exposição, que pode ser visitada na Pinacoteca do Estado até o dia 30, de terça a domingo, das 8h às 17h, reúne 40 quadros do pintor que conquistou os críticos americanos com sua arte primitivista. 

A inspiração de Mocó remonta às pinturas ingênuas dos potiguares Iaperi Araújo e Francisco Iran, passeia pelos cenários modernistas de Pablo Picasso e reproduz as cores vibrantes de Henry Matisse. Assim Mocó se torna único, expondo-se em uma mistura indecifrável de originalidade e identidade. Em vários gêneros o classificam, mas a arte Mocó continua a dividir opiniões e segue em busca de uma unanimidade, deixando-se apenas saber que seu trabalho é algo com uma junção de estilos ou algo assim, que o torna contemporâneo.

Mocó, cujo nome verdadeiro é Rasmussen Sá Ximenes, nasceu em Currais Novos, no ano de 1971. Ele teve a primeira intimidade com a arte ainda na adolescência, quando bem humoradamente retratava os amigos nos cadernos da escola. Na década de 90, vivendo em Brasília (DF), Mocó passou a produzir timidamente suas primeiras pinturas em aquarela e guache, que costumava presentear os amigos em ocasiões especiais. Em 2004, ele e sua esposa Karla, escolhem a Califórnia para viver. 



O contato direto com obras de artistas renomados, expostos em galerias e coleções dos museus de San Francisco, tornou Mocó mais seguro para apresentar seus trabalhos aos americanos. Em 2010, recebe o convite para sua primeira exposição, exibindo pinturas produzidas em tinta acrílica sobre tela. Atualmente, vive e mantém seu atelier na pequena cidade de Petaluma, CA, conhecida por ser um celeiro artístico, berço de grandes produções e personalidades da cinematografia mundial. 

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