Com o espetáculo "Nas ondas do Rádio com Chiquinha Gonzaga", o
grupo mossoroense, Companhia Bagana, se apresenta nesta quarta-feira (27), às
19h, no Teatro Alberto Maranhão, bairro da Ribeira, em Natal, com entrada
gratuita. A apresentação acontece dentro das comemorações do aniversário de 109
anos do Teatro Alberto Maranhão.
O musical, criado em 2011, se passa em um programa de rádio e divulga 14
canções de autoria de Chiquinha Gonzaga, numa alusão a era dos cantores do
rádio. O espetáculo tem 40 minutos de duração e 07 peças em cena - quatro
cantoras, uma locutora e dois músicos. A produção geral é de Joriana Pontes.
A noite dos 109 anos do Teatro Alberto Maranhão (TAM) será fechada com a
apresentação da Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte com a batuta do
maestro Leonardo Cunha. A Orquestra Sinfônica contará também com a participação
do clarinetista pernambucano Enéas Albuquerque e do clarinetista João Paulo de
Araújo - professor de clarineta e saxofone da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN)
As atividades alusivas ao Dia Mundial do Teatro e aos 109 anos do Teatro
Alberto Maranhão começam na terça-feira (26) com a apresentação da peça
"Ludique" pelo Grupo de Teatro do CEI. A peça será encenada às 18h,
com entrada gratuita, no Teatro de Cultura Popular "Chico Daniel",
bairro do Tirol, Natal.
Na peça, o grupo procura contar como se construiu a magia do teatro, o
figurino da beleza, as cores do sentimento e da emoção. A peça é feita a partir
do texto de Carlos Correia Santos, com direção e adaptação de Ruth Freire,
direção musical de Liana Monteiro, e iluminação de Castelo Casado.
A história do Teatro Alberto Maranhão
O Teatro Alberto Maranhão é monumento tombado pelo Patrimônio Histórico
e Artístico do Rio Grande do Norte. Conserva linhas e elementos da arquitetura
francesa do final do século XX, além de cerâmica belga como revestimento do
piso de entrada e da plateia. Sua construção teve início em 1898, obedecendo a
planta do engenheiro José de Berredo, no Governo Ferreira Chaves, sob a direção
do Major Theodósio Paiva.
Já, em 1910, o
Teatro Carlos Gomes, como era chamado àquela época, conservava a forma de
chalé, com 18,3 metros de largura por 78,6 de extensão, tendo três portas e uma
escultura de Mathurin Moreau, denominada “arte”, encimando a fachada. No
segundo Governo de Alberto Maranhão, o Teatro sofreu nova reforma, ganhando um
pavimento superior, portões e grades de ferro vindas da França (Fundição Val de
Osnes), assim como os balcões e obras de arte na fachada. A Gran-Campañia
Española de Zarzuela, Opera y Opereta Pablo López reinaugurou o teatro no
dia 19 de julho de 1912 com a opereta “Princesa dos dólares” de Leo Fall.
Em 1957, sendo o Teatro da municipalidade, o Prefeito de Natal, Djalma
Maranhão, mudou a sua denominação para Teatro Alberto Maranhão. Em 1959 teve
nova reforma, sendo reaberto em 24 de março de 1960. Em 1977, o Teatro foi
equipado com ar condicionado central. Em 1998, já sob a responsabilidade da
Fundação José Augusto, foi restaurado, sob supervisão técnica da Coordenadoria
do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado, com recursos da Fundação Banco
do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário